Grã Bretanha cria banco de dados e "certificado antipedófilo"

INGLATERRA - Objetivando acompanhar bem de perto todos os que trabalham no sistema de educação britânico, foi criado um banco de dados anti-pedófilos. A medida exige que todo o pessoal do sistema escolar seja registrado e tenha seu passado verificado, o que inclui professores, funcionários, visitantes e palestrantes.

O banco de dados é apenas uma das medidas adotadas para garantir melhor segurança na rede de ensino depois que duas meninas de 10 anos foram assassinadas por um funcionário da escola em que estudavam. O assassino, Ian Huntley, tinha uma ficha criminal, o que não foi verificado quando contratado. Há quem se negue a pagar 64 libras para uma agência governamental emitir um certificado de não-pedófilo. As críticas brotaram no meio e Philip Pullman -autor de A Bússola de Ouro- deu início aos protestos, apoiado por nomes como Anthony Horowitz, autor da série Alex Rider, e pelo ilustrador dos livros de Roald Dahl, Quentin Blake. Anne Fine, autora de Diário de Um Gato Assassino e de Madame Doubtfire, disse que agora vai visitar apenas escolas fora do Reino Unido.

Governo Britânico se justifica - O governo defendeu a medida dizendo que seria irresponsável permitir que adultos trabalhem com crianças sem verificar seu passado, e que isso se aplica a todos, desde o pessoal da limpeza, bombeiros, visitantes e, até mesmo autores famosos.