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Sunday, November 15, 2009

Evangélica morta pelo próprio filho

Com chumbinho dissolvido em uma xícara de café, o taxista Edmilson do Rosário Santos, 31 anos, matou a mãe, Joanita Bispo do Rosário Santos, 75. Alegando arrependimento, o suspeito, preso em flagrante no final da manhã deste domingo, 15, alegou que o sofrimento da idosa com dores provocadas por um câncer no útero foi o motivo da ação. Mas a versão dele foi desmentida por parentes e vizinhos.

Desde a última sexta-feira, 13, vizinhos da casa 126, localizada em Bela Vista do Lobato, sentiam forte odor oriundo do imóvel. “A gente pensou que era rato morto, procuramos e nada”, contou uma dona de casa que optou pelo anonimato. Na noite do mesmo dia outra moradora resolveu indagar Edmilson por causa da fumaça que saía pelo telhado. “Ele me disse que uma carne queimava no fogão e depois ouvimos o chiado da água quando ele jogou (a água) no corpo”. 

O sumiço da evangélica Joanita nos cultos da Assembleia de Deus e na frente de casa quando regava suas plantas diariamente levantou suspeitas. Um líquido de coloração estranha que saía da casa reforçou as dúvidas. “Era uma mistura de sangue e o fedor era mais forte. Aí outra vizinha ouviu dele que ela não estava em casa. Aí ela entrou e deu de cara com o corpo”, revelou a vizinha. Edmilson lavou a casa e estava cavando um acesso por um barranco para o líquido não chegar à rua principal.

No final da manhã deste domingo, guarnições da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar (Lobato) e agentes da 4ª CP (Delegacia de São Caetano) chegaram ao local. Já em decomposição, o corpo da idosa estava parcialmente queimado e com cortes no pescoço. De acordo com agentes da 4ª CP, o criminoso queimou e tentou esquartejar a mãe para enterrar no quintal da casa.

Versões - “Ela fez tratamento, mas piorou nos últimos dias. Na quinta, ela estava agonizando e dei o chumbinho e só voltei para casa na sexta. Ela estava morta”, disse Edmilson do Rosário. A doméstica Zenaide do Rosário Santos, 41, desmente a versão do irmão. “Vi minha mãe bem na semana passada. O contato era pouco, pois ela me expulsou quando engravidei, aos 15 anos. Sempre que eu ou minha irmã vinha fazer visita, ela tratava mal. Aí a gente acabou se afastando”. 

Moradores disseram que Edmilson conviveu com o corpo da mãe por  três dias. O motivo do crime ainda é uma incógnita. Nunca se ouviu discussão entre mãe e filho. “Eles iam para o culto e nunca brigaram”, contou um morador. “Minha mãe fazia tudo para ele. Sei que ele bebia, mas os dois eram muito reservados”, diz Zenaide.

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