ABGLT quer que o Ministério Público proíba a venda de livro cristão com suposto plano gay para dominar a sociedade, assunto já comumente tratado nas mídias brasileiras como "ditadura gay".
O livro “A Estratégia – O plano dos homossexuais para transformar a sociedade”, do reverendo Louis P. Sheldon, está sendo lançado no Brasil em meio a polêmicas com o movimento LGBT.
Sheldon, reverendo presbiteriano americano, coletou dados e fez observações durante 33 anos, transformando sua pesquisa em um livro onde afirma: o movimento homossexual vem desenvolvendo um plano para dominar a sociedade.
A obra é dividida em duas partes. Na primeira, afirma que existe um paradoxo ou incoerência entre a conduta e as afirmações dos ativistas gays, que ele classifica como “fraudulentas”. Na segunda parte, Sheldon aponta que o “lobby homossexual” vem atacando os valores tradicionais e morais em várias esferas da sociedade. O autor também faz sugestões de como cristãos devem se portar na defesa do casamento tradicional como instituição bíblica e social.
A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transsexuais (ABGLT) atacou o lançamento enviando documento ao Ministério Público, em que solicita a proibição da venda do livro pela editora Central Gospel.
Segundo informações do site Mix Brasil, a ABGLT argumentou que “a liberdade de expressão não garante um direito à incitação do ódio, da intolerância e da discriminação contra homossexuais e pessoas LGBT em geral”.
O texto do ofício enviado ao MP requer aos promotores a leitura do livro para, somente então, avaliarem seu conteúdo e decidirem se é possível uma ação para a retirada da publicação do mercado. O documento é finalizado com esse pedido: “analisem o livro em questão para verificarem se entendem cabível uma ação judicial para que ele seja retirado de circulação, na mesma linha que o STF decidiu no julgamento do HC nº 82/424. Neste histórico julgamento, no qual o STF considerou o antissemitismo uma espécie de gênero de racismo, ele afirmou que a liberdade de expressão não garante um direito ao racismo e aos atos ilícitos em geral”.
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