O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, enviou um comunicado para todas as suas embaixadas e diplomatas para que divulguem sempre que possível uma foto de um líder palestino com o ditador nazista Adolf Hitler.
A medida de Lieberman tem como objetivo tentar frear as frequentes críticas de países sobre os assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental. A questão dos assentamentos é uma das principais que emperra o processo de paz entre israelenses e palestinos.
Na foto, Haj Amin al-Husseini, principal líder palestino dos anos 1920 e 1930, está sentado de frente a Hitler em um hotel de Berlim, segundo informa o governo israelense. A embaixada de Israel em Brasília já recebeu a imagem.
Haj Amin al-Husseini apoiou o governo nazista. Na época, ele, que havia sido exilado por conta da administração britânica no Oriente Médio, enviou através de comunicados por rádio para que exterminassem todos os judeus da região
Assentamentos
Conforme nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, um dos pontos que passa por críticas é com relação à tentativa de destruir um hotel, o Shepherd Hotel, no bairro árabe de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental.
O mesmo hotel foi construído por ordem de Al-Husseini nos anos 1930. Mas o local acabou sendo tomado pelo Exército britânico em seguida até que o governo europeu saísse da região, em 1948. Depois, passou a ser propriedade da realeza da Jordânia até a Guerra dos Seis Dias, quando foi tomado pelo governo israelense, em 1967. No local funcionou o Ministério da Justiça. De 1987 a 2002, passou a ficar sob cuidados da polícia de fronteira. Desde então, o local está abandonado.
Agora, segundo a imprensa israelense, o milionário americano Irving Moskowitz quer destruir o prédio e fazer casas no terreno.
A comunidade internacional, assim como a autoridade palestina, considera ilegais os assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental. Israel, por sua vez, defende que a cidade é “indivisível” e “é e será sempre a capital eterna do povo judeu”.
Lieberman faz parte de um partido ultranacionalista que ganhou força política nas últimas eleições parlamentares. Para muitos, seu posicionamento chega a ser racista. Ainda esse mês o ministro israelense visitou o Brasil.
Fonte: G1