A pressão da Bancada Evangélica e o alarde promovido pelo deputado Jair Bolsonaro levaram o MEC (Ministério da Educação) a reavaliar o projeto do famigerado Kit Gay, que estaria pronto para distribuição em 6 mil escolas no segundo semestre de 2011.
Os cidadãos brasileiros começam a tomar conhecimento do desmando e manifestar sua oposição a esse "desvario" que procede do "planalto".
A população começa a questionar o assunto, e o consenso é que deveria ser consultada sobre algo de tamanha importância. Afinal, nenhum governo até hoje se atreveu a intervir diretamente sobre a educação dos filhos de uma maneira tão desastrosa.
A população começa a questionar o assunto, e o consenso é que deveria ser consultada sobre algo de tamanha importância. Afinal, nenhum governo até hoje se atreveu a intervir diretamente sobre a educação dos filhos de uma maneira tão desastrosa.
Após polêmica sobre o chamado kit anti-homofobia, o ministro Fernando Haddad (Educação) não descartou que o material possa sofrer alterações. Haddad disse ainda que parte do material recebido pela bancada evangélica da Câmara e divulgado como parte do kit “não saiu do MEC”.
Se aprovado pelo ministério, o Kit (três vídeos sobre transexualidade, bissexualidade e meninas lésbicas) poderá ser repassado para estudantes do ensino médio das escolas públicas.
Segundo o ministro, o kit foi entregue ontem a pasta e será avaliado pela comissão de publicação do órgão, que vai ouvir secretários estaduais e municipais sobre o conteúdo. Também serão chamados para discutir o kit deputados da bancada evangélica, católica e da frente parlamentar de defesa da família.
O ministro foi chamado hoje às pressas para explicar o kit para as bancadas religiosas da Câmara que haviam anunciado ontem que “não votariam” nenhuma matéria caso o material não fosse recolhido. Parlamentares da bancada evangélica sustentam que o material já está sendo divulgado.
Haddad disse que o MEC não distribuiu o material, mas não quis apontar o vazamento. Deputados que participaram da reunião disseram que no encontro o ministro atribuiu a divulgação do Kit, que não estaria pronto, à empresa responsável pela produção.
O ministro disse à Folha que o material que não seria do MEC contém cenas de sexo explícito. Na reunião, deputados mostraram uma cartilha que tem o símbolo do MEC que fala, por exemplo, de masturbação e ainda uma cartilha com símbolo do Ministério da Saúde com ilustrações com cenas de sexo entre dois homens.
“Eu recebi ontem o material. [...] Vai para comissão que vai ouvir os secretários estaduais e municipais e os parlamentares que pediram para participar e participarão. O material que vi circulando aqui [Congresso] não é do ministério. Vários dos materiais que foram distribuídos aqui, que circularam aqui não são do Ministério da Educação”.
O ministro afirmou que a produção do kit foi contratada a uma ONG há três anos e só será oficial após a aprovação do ministério. “O problema do vídeo que está no youtube é que esse material está sendo produzido há mais de um ano. Teve muitas idas e vindas. O MEC recomenda alterações, modificações, e o material acaba sendo refeito a partir da perspectiva do ministério da educação. Ele só se torna oficial quando é aprovado pela comissão de publicação”.
O vice-presidente da bancada evangélica, deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), afirmou que o kit pode levar meninos e meninas a se tornarem homossexuais. “Dinheiro público deve ser empregado para combater a homofobia e não para estimular opção sexual”.
Fonte: Folha
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