Gianluigi Nuzzi era jornalista na revista italiana “Panorama” quando lhe foram parar às mãos duas malas com cinco mil documentos sobre as atividades “nada santas” do Instituto para Obras Religiosas (IOR), mais conhecido como banco do Vaticano, entre as décadas de 1970 e 90. O amontoado de papéis incluía extratos bancários, cartas secretas, relatórios confidenciais, balanços sigilosos e, durante 20 anos, foi cuidadosamente compilado por monsenhor Renato Dardozzi, conselheiro do IOR desde 1974 até ao final de 1990. Antes de morrer, Dardozzi deixou uma exigência no testamento: o arquivo que construíra em segredo deveria ser tornado público. “Para que todos saibam o que aconteceu”, garante Gianluigi Nuzzi.
Os documentos deram origem ao livro “Vaticano SA” (Editorial Presença). Uma primeira advertência para os mais cépticos e pouco dados a teorias da conspiração: “Não é um livro contra o Vaticano, mas relata atos de homens que gozaram de uma confiança mal depositada”, explica Gianluigi, que até admite ser batizado, apesar de não ser católico praticante. “Tenho o problema que aflige todos os filósofos. Se o ser humano é um relógio, quem é o relojoeiro? Estou numa fase em que me interrogo sobre a fé”, confessa, mas entusiasma-se quando se lhe pede para explicar os complexos esquemas que o Vaticano escondeu durante mais de 30 anos.
Uma Igreja nada santa Não é uma história. São vários enredos, que incluem mortes misteriosas, silêncios, suspense, muitos pecados e demasiadas omissões. “No Vaticano a verdade nunca é uma só. Muito menos quando se trata de números”, garante.
O arquivo de Dardozzi permite reconstituir a existência, no IOR, de contas da máfia – por exemplo de Vito Ciancimino, condenado por ligações à Cosa Nostra e à máfia siciliana. O Vaticano terá tentado, também, financiar a criação de um novo partido político. Até os donativos dos fiéis para serem rezadas missas pelos defuntos seriam usados para outros fins. Tudo com base num sistema de contas encriptadas.
“Eram abertas em nome de fundações que não existiam, como ‘fundo para a leucemia’ ou ‘fundo para as crianças pobres’”, recorda Gianluigi Nuzzi. Essas contas eram identificadas apenas por códigos numéricos, que conduziam aos pseudónimos dos seus titulares, como “Roma”, “Ancona” ou “Omissis” – este último remeteria para Giulio Andreotti, primeiro-ministro de Itália por sete vezes, pelo partido democrata-cristão. “Ainda hoje não se sabe ao certo quanto dinheiro terá passado por estas contas, mas no mínimo entre 276 a 300 milhões de euros.”
Em Fevereiro de 1992 arranca, em Itália, a operação “Mãos Limpas”, que tem como alvo os políticos da primeira república, depois do escândalo do megassuborno Enimont. E é aqui que os magistrados percebem “que boa parte do dinheiro tinha passado pelo banco do Vaticano e era depois depositado em contas no estrangeiro”. O esquema era possível graças ao estatuto e aos acordos com o Estado italiano que ainda hoje permitem ao IOR “um modo de operação bancária offshore”. O banco também goza de uma administração autónoma na Santa Sé; os seus dirigentes não podem ser interrogados, processados ou presos em Itália. O Vaticano pode até nem responder às rogatórias da justiça, se assim o entender. “Apesar de já ter sido assinada uma convenção monetária entre o Vaticano e a União Europeia que obrigará a Santa Sé, a partir de Janeiro de 2011, a adequar as suas normas às do espaço comunitário no que diz respeito à lavagem de dinheiro”, adianta o jornalista.
O arquivo de Dardozzi permite também perceber que João Paulo II “foi informado das irregularidades em 1992 e nada fez”. E que o Papa tem direito a um fundo pessoal e confidencial que escapa aos balanços oficiais que a Santa Sé apresenta todos os anos. Só em 1993, João Paulo II terá arrecadado 121,3 milhões de euros. Até agora, o Vaticano não se pronunciou sobre este livro polémico que já está traduzido em oito países. Fonte: Ionline
COMENTÁRIO BÍBLICO: Ainda que pese sobre nós -evangélicos- o estigma de "protestantes" (e graças a Deus por isso) é preciso falar a verdade sobre as atividades, ensinos e comportamentos do Vaticano. E a verdade é que, como pretensa religião, ela jamais foi instituíta por Deus. Também erram todos os que a ela se aliam através do ecumenismo. Mas o fato aqui é que tais notícias enfatizam uma verdade bíblica: instituições regidas e governadas por homens estão muito longe da direção do Espírito Santo de Deus!!! E todas elas provarão, muito em breve, a condenação destinada à Grande Prostituta de Apocalipse 17 e 18, que incluirá a "besta" que a conduz (poder religioso ecumênico) e sobre a qual tem as rédeas (a direção), simbolizando o controle que tem sobre elas. O quadro apocalíptico fica perfeitamente compreensível quando se entende o que Deus mostrou a João, na Ilha de Patmos, há quase dois mil anos: que a grande prostituta vestida de vermelho simboliza uma igreja: manchada do sangue dos santos e verdadeiros servos de Deus mortos pelas perseguições através dos séculos e uma cidade assentada entre sete colinas (como é o Vaticano) que reina sobre todos os reis da terra (como ela governa), e que detém em suas mãos as rédeas (o controle) sobre todas as demais religiões constituídas por homens. Ser igreja de Deus é algo que os homens que as constituíram jamais compreenderão. Enquanto a Bíblia Sagrada fala sobre nascer de novo do Espírito e do entendimento da Palavra de Deus, cada uma das falsas religiões que constituem o sistema religioso ecumênico mundial têm nascido de objetivos diferentes e nada nobres, visando sempre a satisfação da avareza humana por poder, honra, glória e riqueza. Por isso é que a mensagem divina de Apocalipse 18:4 conclama aquele que é santo a apartar-se desses regimes constituídos por meros homens para não ser participante da condenação descrita nos capítulos 17 e 18 do Livro de Apocalipse. Não se deixe enganar pelas grandezas ou pela força política e financeira de religiões. Isso não é símbolo de aprovação diante de Deus. Isso é Torre de Babel que, muito em breve, será colocada no chão, onde é seu lugar. Não se busca a Deus construindo impérios, templos e símbolos de poder, como fez Ninrode. Todos os que se empenham na edificação desses impérios e torres de "espiritualidade pagã" sofrerão a desilusão que atingiu Ninrode e sua obra. Não importa quão grande seja o "império religioso" edificado pelas mãos dos homens: ele cairá! É a sentença descrita em Apocalipse 17 e 18. Quer ter sucesso naquilo que você edifica? Então edifique sua vida sobre a rocha, que é Cristo e seus ensinamentos. Tudo o mais, contrário ao que diz a Bíblia, está próximo de acabar.
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QUEM TEM OUVIDOS OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS
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