Montemor-o-Velho - Ordenada a primeira pastora presbiteriana portuguesa Bebedouro torna-se hoje a primeira comunidade da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal (IEPP) a ter um mulher à frente dos destinos do templo, construído na década de 30 do século passado: Maria Eduarda Titosse, 42 anos, é ordenada, às 15.00, na Igreja Lisbonense, aos Anjos, por ter crescido naquela comunidade. Amanhã, no Bebedouro, em Montemor-o-Velho, será ordenada a segunda candidata portuguesa ao pastorado da Igreja Evangélica: Sandra Reis, de 35 anos.
Ambas acreditam que o papel da mulher na religião é de liderança e em ambos os casos, cruzam-se os caminhos do Bebedouro, uma comunidade particular no culto protestante. Sandra cresceu ali e Maria Eduarda Titosse ali estagiou e ficará responsável agora pela comunidade protestante. Nesta aldeia, predominantemente agrícola, não há qualquer capela ou igreja Católica e alguns crentes da 'igreja de Roma' até vão ao templo protestante, culto trazido por um ex-emigrante no Brasil, Manuel Gomes.
A necessidade de trabalhar para Deus colocou Maria Eduarda na vanguarda da IEPP. "A sociedade foi à frente da Igreja e começa a ser normal as pessoas verem uma mulher com posição de liderança na Igreja", assume Maria Eduarda ao DN. Conta até que nos dois anos de estágio que efectuou em Bebedouro, muitas mulheres já anciãs e que professam o credo católico lhe confidenciaram que "esta coisa de religião sempre foi uma coisa de mulheres".
Maria Eduarda Titosse cresceu no seio de uma família protestante, deu aulas de Português a estrangeiros, mas optou pela ordenação como pastora. Concluídos os estudos em Teologia, em Madrid, estagiou em Bebedouro, dois anos. Ali, o pastor José Manuel Leite, quase com 70 anos, entrega-lhe uma enorme comunidade. "De repente, viver numa aldeia foi muito interessante. As pessoas estão mais perto, há um sentimento de solidariedade social muito mais forte". Maria Eduarda Titosse é casada há oito meses.
Bebedouro é, afinal, um local onde o papel da mulher na igreja é muito bem aceite, até pelos católicos, como é o caso de Manuel Teixeira, de 76 anos, e sua mulher, Maria Irene Lopes, de 69: "A celebração é mais alegre e a Maria Eduarda é espectacular", dizem ambos. Convertido à IEPP aos 20 anos, Abílio de Jesus Cruz, 70 anos, ex-ferroviário, aplaude as duas ordenações: "Todos gostaram sempre muito das pregadoras, há muitos católicos que gostam de as ouvir, pela diferença", acentua. |
Ambas acreditam que o papel da mulher na religião é de liderança e em ambos os casos, cruzam-se os caminhos do Bebedouro, uma comunidade particular no culto protestante. Sandra cresceu ali e Maria Eduarda Titosse ali estagiou e ficará responsável agora pela comunidade protestante. Nesta aldeia, predominantemente agrícola, não há qualquer capela ou igreja Católica e alguns crentes da 'igreja de Roma' até vão ao templo protestante, culto trazido por um ex-emigrante no Brasil, Manuel Gomes.
A necessidade de trabalhar para Deus colocou Maria Eduarda na vanguarda da IEPP. "A sociedade foi à frente da Igreja e começa a ser normal as pessoas verem uma mulher com posição de liderança na Igreja", assume Maria Eduarda ao DN. Conta até que nos dois anos de estágio que efectuou em Bebedouro, muitas mulheres já anciãs e que professam o credo católico lhe confidenciaram que "esta coisa de religião sempre foi uma coisa de mulheres".
Maria Eduarda Titosse cresceu no seio de uma família protestante, deu aulas de Português a estrangeiros, mas optou pela ordenação como pastora. Concluídos os estudos em Teologia, em Madrid, estagiou em Bebedouro, dois anos. Ali, o pastor José Manuel Leite, quase com 70 anos, entrega-lhe uma enorme comunidade. "De repente, viver numa aldeia foi muito interessante. As pessoas estão mais perto, há um sentimento de solidariedade social muito mais forte". Maria Eduarda Titosse é casada há oito meses.
Bebedouro é, afinal, um local onde o papel da mulher na igreja é muito bem aceite, até pelos católicos, como é o caso de Manuel Teixeira, de 76 anos, e sua mulher, Maria Irene Lopes, de 69: "A celebração é mais alegre e a Maria Eduarda é espectacular", dizem ambos. Convertido à IEPP aos 20 anos, Abílio de Jesus Cruz, 70 anos, ex-ferroviário, aplaude as duas ordenações: "Todos gostaram sempre muito das pregadoras, há muitos católicos que gostam de as ouvir, pela diferença", acentua. |
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