UCRÂNIA - Com a fuga do ex-presidente ucraniano Viktor Ianukovitch, hoje refugiado na Rússia, o pastor batista Olexandre Turchinov passou a governar o país.
Mas já avisa: não pretende se candidatar às eleições presidenciais marcadas para 25 de maio e pede orações para que os conflitos sejam ocasião para que Deus promova uma profunda transformação espiritual da Ucrânia
Pastor presidente
Aos 49 anos Olexandre Turchinov tem a árdua missão de restaurar uma nação tomada pela violência nos últimos meses. Pacificar o país, aproximar a Ucrânia da União Europeia e afastá-la do domínio russo são seus grandes desafios.
Sua carreira
Desde o final da década de 1990 ele ocupou diversos cargos políticos. Ex-operário em uma fábrica de aço, Turchinov estudou engenharia e possui pós-graduação em Engenharia Metalúrgica. Paralelo a sua atuação política, ele é um pastor batista ordenado, parte de uma minoria num país onde a maioria da população pertence à Igreja Ortodoxa.
Em 1993, atuou como conselheiro econômico do presidente Leonid Kuchma. No ano seguinte, ajudou a criar o partido Gromada. Mas os escândalos dentro do partido, incluindo denúncias de lavagem de dinheiro o levaram a sair anos depois para criar um novo partido de oposição, o Batkivchtchina (Pátria).
Eleito deputado em 1998, trabalhou muito próximo de Iulia Timochenko, principal figura do partido. Em 2004, ela tornou-se primeira-ministra de um governo pró-ocidental, liderado pelo então presidente Viktor Yushchenko. Nessa época, o pastor Turchinov foi chefe dos serviços secretos ucranianos e entre 2007 e 2010, e posteriormente vice-primeiro-ministro no Governo de Timochenko.
Seu discurso
Desde 2011 é um dos principais líderes do seu partido, tendo participado ativamente nas manifestações que tomaram a Ucrânia nos últimos três meses. Em meio aos protestos o país pôde testemunhar uma união de ortodoxos, católicos e evangélicos se unindo em diferentes correntes de oração pela paz no país. Esse foi um fato inédito na história da Ucrânia. A União de Igrejas Evangélicas da Ucrânia emitiu um comunicado onde pede o fim da violência “Sem arrependimento, graça, perdão e reconciliação, o país continuará dividido e em conflito. Esta é a pré-condição para uma profunda transformação espiritual da Ucrânia… Apelamos às igrejas evangélicas da Ucrânia que sirvam para trazer a paz entre as pessoas e curar as feridas da guerra”.
Com informações WNYT e JN.
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