Acaba de ser fechado o acordo de cessar-fogo Israel-Hamas, mediado por Egito e EUA.
O cessar-fogo foi anunciado por Hillary Clinton e Mohammed Kamel Amr no Cairo, a cerca de uma hora.
O acordo põe um fim momentâneo à escalada da violência na região.
Foram oito dias de bombardeios que se iniciaram pelo lado palestino e que resultaram em cerca de 150 mortes, a maioria do próprio lado palestino.
O acordo põe fim à maratona diplomática que parecia ameaçada pela intensificação da violência.
Nesta quarta-feira, um atentado à bomba contra um ônibus no coração de Tel Aviv havia levado o conflito pela primeira vez à capital econômica e social israelense. E, com ele, cresceram os temores de que Israel poderia intensificar a ofensiva contra a Faixa de Gaza. Já referendado por Israel e Hamas, no entanto, o pacto mediado por Egito e Estados Unidos parece pôr fim às hostilidades.
“Não há substituto para uma paz longa e duradoura”, disse Hillary, que antes de chegar ao Cairo já havia passado por Jerusalém e Cisjordânia e se reunido com a liderança palestina e israelense. “EUA e Egito vão trabalhar juntos para apoiar o próximo passo, para oferecer segurança a Israel e melhorar as condições para o povo em Gaza.”
Segundo o governo israelense, a decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de aceitar a paz atendeu a um pedido direto do presidente americano, Barack Obama.
“Netanyahu falou com Obama e aceitou sua recomendação para dar uma chance à proposta egípcia de cessar-fogo e, dessa forma, dar uma oportunidade para a estabilização da situação”, disse o governo israelense em comunicado.
Atentado é celebrado em Gaza
Um ônibus foi alvo de um atentado em Tel Aviv
O ataque desta quarta-feira em Tel Aviv foi celebrado com tiros para o alto em Gaza. No Twitter, uma conta atribuída às Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, disse ser responsável pela ação, mas não há confirmação. Oficialmente, o grupo palestino não reivindicou a autoria, mas elogiou a iniciativa.
“O Hamas abençoa o ataque e vê-lo como uma resposta natural aos massacres israelenses em Gaza”, disse Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas. “As facções palestinas vão recorrer a todos os meios para proteger os civis, na falta de um esforço global para interromper a agressão de Israel.”
O atentado foi o primeiro desta magnitude a atingir Tel Aviv desde abril de 2006, quando um suicida palestino deixou 11 pessoas mortas. E apesar de, em destruição e mortes, não se comparar às perdas do lado palestino, reativou o temor do início de uma nova era de ataques a bomba contra civis, como entre 2001 e 2004. No período, o mais violento da Segunda Intifada, mais de 500 israelenses foram mortos.
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