O escritor respondeu às questões por e-mail da ilha de Lanzarote, onde encerra as férias de verão, preparando-se para voltar a Lisboa. Lá, no fim de outubro, o livro deverá ser lançado, segundo o editor português Zeferino Coelho, confirmando ainda que Caim vai ser apresentado antes na Feira Internacional do Livro de Frankfurt, que ocorre entre 14 e 18 do mesmo mês - depois, chegará também à Espanha e ao Brasil.
Ateu confesso, Saramago já havia provocado uma enorme polêmica com a comunidade católica ao lançar, em 1991, O Evangelho Segundo Jesus Cristo (editado no Brasil, assim como toda a obra do autor, pela Companhia das Letras). Ali, conta a história do filho de Deus sob uma ótica mais terrena, anticlerical, humanizando Cristo ao evidenciar seu caráter frágil e vulnerável, além de insinuar uma relação com Maria Madalena.
“O filho de José e Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo", diz um trecho do livro, que também ressalta o caráter punitivo de Deus: "Dizer um anjo que não é anjo de perdões, ou nada significa, ou significa demasiado, vamos por hipótese, que é anjo das condenações, é como se exclamasse Perdoar, eu, que ideia estúpida, eu não perdoo, castigo.”
A reação foi imediata e violenta. Em Portugal, o então subsecretário de Estado adjunto da Cultura, Sousa Lara, vetou o livro de uma lista de romances portugueses candidatos a um prêmio literário europeu. A medida foi apoiada pelo primeiro-ministro do momento, Aníbal Cavaco Silva, alegando que o escritor não representava o pensamento da maioria dos portugueses. Revoltado, Saramago decidiu deixar o país e se estabelecer em Lanzarote, onde ainda mantém residência fixa.
A fogueira voltou a arder em 1998, quando Saramago foi eleito pela Academia Sueca como vencedor do Prêmio Nobel de Literatura. A decisão foi atacada pelo Vaticano, que condenou a oferenda a "um comunista com visão antirreligiosa do mundo", segundo noticiou na época o diário oficial do Vaticano L?Osservatore Romano. O escritor retrucou no mesmo tom. "Em vez de opinar sobre literatura, tema sobre o qual não entende, o Vaticano deveria se preocupar com os esqueletos que tem guardados no armário", comentou. "Só podia se esperar isso desta Igreja que em toda a História vem se metendo onde não é chamada e opinando sobre coisas que não tem capacidade de compreender."
Apesar de retomar o mesmo estilo feroz e iconoclasta, Saramago não teme ser novamente crucificado ao lançar Caim. "Certamente haverá vozes contrárias, mas o espetáculo será menos interessante", disse ele à EFE. "O Deus dos cristãos não é Jeová. Além disso, os católicos não leem o Antigo Testamento. Caso os judeus se manifestem, não serei surpreendido. Já estou habituado.”
Sobre o assunto, aliás, Saramago confessou não entender os motivos que levam os judeus a transformar o Antigo Testamento em seu livro sagrado. "Trata-se de uma enxurrada de absurdos que apenas um homem não seria capaz de inventar. Foram necessárias gerações e gerações para produzir esse texto.”
O escritor também não considera esse livro seu particular e definitivo ajuste de contas com Deus - "até porque as contas com Deus não são definitivas, e sim com os homens, que O criaram", afirmou. "Deus, demônio, o bem, o mal, tudo está em nossa cabeça e não no céu ou no inferno, que também foram inventados pelo homem. Não nos damos conta que, ao inventar Deus, imediatamente nos tornamos Seus escravos.”
Perguntado se o risco de morte pelo qual passou no ano passado o teria feito pensar em Deus, Saramago foi enfático. "Como venho assumindo que Deus não existe, não teria motivos para chamá-Lo durante minha gravíssima enfermidade. Mas, caso eu O chamasse e se Ele aparecesse, o que eu poderia pedir? Que me prolongasse a vida?" Se há méritos, segundo o autor, devem ser divididos entre os médicos, sua mulher Pilar e seu excelente coração - resistente, apesar da idade. "O resto é literatura. E da pior qualidade.”
A ideia da trama de Caim surgiu há alguns anos, mas Saramago conta que a história só começou a tomar forma em dezembro do ano passado. A partir daí, foram necessários apenas quatro meses para o livro nascer. "Fui tomado por uma espécie de transe", relembra. "Isso nunca tinha me acontecido antes; ao menos, não com tal intensidade."
Fonte: Estadão
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A operação do erro está profetizada em 2º Tessalonicenses 2:7-11 e trata da permissão dada por Deus para que um falso sistema religioso trabalhe no mundo com o objetivo de arrebanhar todos quantos não concordam com a Palavra de Deus. Seu líder espiritual é o diabo, o futuro Governante Mundial, biblicamente chamado "o anticristo". Esse falso sistema religioso tem cumprido à risca as ordens de seu mestre e perseguido a Igreja Noiva de Cristo desde o princípio do Evangelho e através dos séculos até os nossos dias. O único que trabalha a favor da Igreja de Cristo para conservá-la em segurança é o Espírito Santo. É Ele quem garante a nossa integridade física, espiritual e doutrinária contra os ataques da operação do erro.
"Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora (o Espírito Santo); e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça." - 2º Tessalonicenses 2:7-11
A injustiça praticada contra o povo de Deus será punida e o falso sistema religioso denominado "operação do erro" destruído no fim dos dias. E todos quantos não amaram as verdades bíblicas serão reputados por nada e entregues à Grande Tribulação. É a recompensa pelo desprezo demonstrado contra Deus e contra a Bíblia Sagrada."
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