A UNESCO reabre uma discussão histórica ao suspender a exposição "Povo, Livro, Terra: A relação de 3.500 anos do povo judeu com a Terra Santa", que relata os direitos históricos de Israel sobre seu território.
O diferencial da questão foi a pressão exercida sobre o órgão a partir de países árabes.
Pela primeira vez a UNESCO cede a tais tipos de pressão, o que deu causa à indignação do povo israelense. O impasse criado reabre uma discussão antiga: o direito de Israel sobre a Terra Santa.
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A decisão da Unesco de cancelar uma exposição sobre a relação do povo judeu com a Terra Santa, após criticas de 22 países árabes, gerou protestos em Israel e nos Estados Unidos.
De acordo com uma carta enviada pela diretora da instituição, Irina Bokova, aos organizadores do Centro Simon Wiesenthal, a razão do cancelamento da exposição que deveria ser aberta nesta segunda-feira em Paris é o "profundo compromisso da Unesco com o processo de paz".
"Temos a obrigação de garantir que os esforços atuais não sejam colocados em risco", afirmou Bokova, em referência às negociações de paz entre israelenses e palestinos, mediadas pelo secretário de Estado americano, John Kerry.
Bokova cancelou a mostra após as criticas dos países árabes membros da Unesco. A diretora diz que busca consenso e declarou "não ter outra alternativa" exceto levar as observações do grupo árabe em consideração.
A exposição, intitulada "Povo, Livro, Terra: A relação de 3.500 anos do povo judeu com a Terra Santa", desperta a polêmica sobre a questão dos direitos históricos do povo judeu na região onde hoje se encontram o Estado de Israel e os Territórios Palestinos ocupados.
A mostra teria 30 painéis ilustrando a longa história dos judeus com a Terra Santa, dos dias do patriarca Abraão aos dias atuais, mostrando Israel como uma potência tecnológica.
Israel
O primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, protestou contra o cancelamento da exposição em Paris.
"A explicação dada foi que a exposição iria prejudicar as negociações. A exposição não prejudicaria as negociações. Negociações são baseadas em fatos e na verdade, que nunca são prejudiciais", declarou o premiê.
"Mas o que sim prejudica as negociações é a convocação automática de embaixadores israelenses em certos países, por temas sem substância, enquanto violações significativas por parte da Autoridade Palestina passam sem qualquer reação", acrescentou Netanyahu, em referência à convocação feita por diversos países europeus para protestar contra a ampliação dos assentamentos israelenses nos Territórios Palestinos ocupados.
O Centro Wiesenthal declarou estar "indignado" com a decisão de Bokova e resolveu iniciar uma campanha contra o cancelamento da exposição.
O embaixador de Israel na Unesco, Nimrod Barkan, expressou-se em termos ainda mais duros e disse que "o pretexto para cancelar a exposição é malicioso e tolo e essa medida é inaceitável".
EUA
O governo americano também protestou contra o cancelamento e manifestou "preocupação" com a medida tomada pela Unesco. Fontes oficiais americanas afirmaram que os Estados Unidos irão "agir para que a exposição seja aberta o quanto antes".
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, também condenou a decisão e afirmou que a Unesco "supostamente deve incentivar o diálogo".
Esta não é a primeira vez que o conflito israelense-palestino desperta polêmicas ligadas à UNESCO.
Em outubro de 2011 a Unesco aceitou a Palestina como membro pleno da organização e foi a primeira agencia internacional a conceder tal status ao Estado Palestino desde que o presidente Mahmoud Abbas entrou com o pedido de reconhecimento junto à Assembleia Geral da ONU, em setembro do mesmo ano.
A aceitação da Palestina gerou protestos de Israel e dos Estados Unidos, que afirmaram que a "medida unilateral iria prejudicar o processo de paz".
Naquela época os Estados Unidos chegaram a suspender o financiamento à Unesco, em protesto contra a aceitação da Palestina.
COMENTÁRIO BÍBLICO: O "direito de Israel" não é uma questão que dependa de discussões ou decisões de povos e governos. A questão do direito de Israel sobre a Terra Santa é de "direito bíblico" e quem garante é o próprio Deus. Essa questão é uma das maiores referências bíblicas ao fim dos tempos. Israel será questionado e pressionado de todos os lados, seu direito desprezado e, por fim, sua terra invadida pelos povos árabe-palestinos. A Bíblia descreve uma tentativa internacional de "erradicar" Israel do mapa do Oriente Médio. O que o mundo verá, contudo, será a poderosa mão de Deus que, no momento oportuno, defenderá Israel e tornará patente, aos olhos do mundo, o direito bíblico de Israel. Afinal, foi Deus quem deu a Terra Santa, a Canaã bíblica, a Israel. E, assim, o mundo inteiro verá que Deus não somente existe, como é defensor de Israel. E Deus fará tudo isso apesar de o terem negado, rejeitado e crucificado, não reconhecendo que Jeová estava em Jesus Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo, começando por Israel. Quando chegar o tempo da restauração de Israel, tudo isso acontecerá, e Israel se converterá aos pés de Jesus Cristo, a quem seus antepassados crucificaram. - Pr. Wagner Cipriano
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