Desiludido com a forma com que a doutrina religiosa estava sendo conduzida numa igreja pentecostal que frequentava desde criança, o pastor Wilson Roberto Gonçalves resolveu mudar, e hoje é um dos principais motivadores da propagação da Igreja Evangélica Jardim de Deus (Ijade). A entidade foi fundada em 2002 em Joinvillle, também com pessoas que haviam saído de outras igrejas evangélicas. “Percebi que onde eu estava a pregação começou a misturar a palavra de Deus com política. Não concordo com isso. A religião não pode ter essa influência”, revela.
A Ijade começou com apenas quatro integrantes de uma mesma família. Eles se reuniam numa pequena sala no bairro Floresta durante dois dias da semana para celebrar cultos. Ao poucos, essa ação começou a despertar a atenção de outros interessados em conhecer a pregação proposta. Em oito anos, a entidade conta com 400 fiéis. O tamanho da sede também aumentou. Agora, eles ocupam uma espaçoso templo na rua Monsenhor Gercino, com capacidade para 510 lugares. Os cultos são celebrados às quartas-feiras e aos domingos.
Às sextas são realizados os círculos de oração. “Também fazemos ações voltadas para a evangelização de jovens. Temos grupos de dança e realizamos eventos e atividades voltadas para a família”, salienta Gonçalves. Na avaliação que faz sobre a difusão de vários templos em Joinville, principalmente na linha evangélica petencostal, ele observa que há vários tipos de interesse. “Tem quem monta uma igreja para tirar vantagem financeira. É fácil iludir as pessoas que não conhecem a palavra de Deus. É só pincelar trechos da Bíblia e usar da forma que for conveniente. Muitos usam isso para tirar dinheiro dos fiéis. Com a interpretação que se dá pode-se até idolatrar o satanás”, comenta.
O pastor salienta que a proposta do Ijade não é essa. “Pregamos a moderação em tudo. Não exigimos nenhum tipo de vestimenta ou corte de cabelo. Aqui, a palavra de Deus é pregada de forma estudada, analisando todo o contexto e explicando a mensagem de forma transparente”, ressalta.
A igreja sobrevive com a arrecadação do dízimo de 10% do salário dos fiéis e também das ofertas nos cultos. Os cinco pastores atuam de forma voluntária na igreja. Eles não dependem do recurso arrecadado pela igreja para sobreviverem. Todos têm emprego fixo em outras áreas.
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