Itaboraí - Abelhas assassinas matam pastor
Um enxame de abelhas africanas matou o pastor Antônio Januário Souto, 87 anos, e deixou a sua esposa – Maria Lúcia Quintanilha Peres, 58, ferida. O ataque ocorreu, no último sábado, na residência do casal, na Estrada do Sapê, no bairro de mesmo nome, em Itaboraí. O pastor morreu, no domingo, após ter parada cardíaca e foi enterrado, na tarde de ontem, no Cemitério São João Batista, no Centro. A mulher permanece internada em estado estável no Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, em Nancilândia, Itaboraí.
O casal foi atacado, na manhã de sábado, por abelhas que estavam em uma colmeia em um
terreno baldio ao lado da residência do casal. Enquanto o pastor Januário consertava uma cerca de madeira do quintal, a esposa estava dentro de casa com a porta aberta. O enxame surgiu logo depois que homens capinaram o terreno ao lado. Assim que foi atacada, Lúcia gritou por socorro.
“Eu ouvi o grito da irmã Lúcia e fui ver o que era. Quando cheguei, vi que ela estava tomada pelas abelhas e o pastor caído no chão. O menino que estava ajudando, correu para procurar ajuda e saímos gritando. Eles só foram socorridos depois de uns 40 minutos, quando o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o ex-marido de Lúcia, Antônio Carlos da Silva, o Carlinhos, chegaram. As abelhas só saíram porque Carlinhos chegou com a roupa de apicultor e fez fumaça”, contou a nora de Lúcia, Cristiane Silva Lopes, que mora no mesmo terreno do casal.
O casal foi levado para o hospital, mas Januário teve parada cardíaca e morreu no domingo. Parentes e amigos estavam consternados com a fatalidade que tirou a vida do homem que eles consideravam especial. Religioso atuante, ele foi lembrado com emoção.
“Ele só fazia o bem. A saudade já é muito grande e era como um pai para mim. Sempre divertido, patriota, com ótimas histórias para contar e de um coração gigantesco”, relatou o vizinho Milton Duarte, 44 anos.
Muito emocionada, a madrinha de casamento do casal, Lucilene Andrade, também rememorou a figura do pastor.
“É uma dor muito grande porque ele era muito bom, sempre ajudava as pessoas. Foi uma triste fatalidade".
Socorro deve ser rápido
O local onde as abelhas estavam e nunca tinham sido notadas foi queimado. Segundo o apicultor Willian Santos, 43, as abelhas atacam o ser humano quando elas se sentem ameaçadas. Em dias muito quentes, costumam sair da colmeia e atacar quem estiver por perto. Ele explicou, ainda, que muito barulho e cheiro muito forte perto da colmeia são formas ofensivas para os insetos, que vão se sentir ameaçados.
“Qualquer tipo de ruído muito estrondoso faz com que as abelhas se sintam acuadas. Esse tipo de inseto é conhecido como “abelha africana”, aquelas que costumam ficar próximas às padarias e lixo. Neste caso, é preciso sempre que chame um apicultor, profissional responsável pela retirada desses animais”.
O médico alergista Hamilton Nunes de Figueiredo, 60, explicou que, no momento que um enxame ataca, a pessoa sofre um choque anafilático (reação alérgica muito forte) e fica asfixiado ao ponto de chegar a óbito, caso não seja imediatamente socorrida. Segundo o médico, o socorro precisa ser imediato, já que o único modo de tratamento é no próprio hospital. Além da asfixia, a pressão cai e o nariz, com outras partes do corpo, começa a inchar.
“A única forma de tratamento é ir ao hospital o mais rápido possível para que a pessoa receba uma dose de adrenalina, anti-alérgico e soro. Em alguns minutos, a vítima já estará estabilizada e, em algumas horas, o corpo já começa a desinchar”, explicou o médico.
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