Em entrevista à Folha de S. Paulo nesta terça-feira (3), o novo presidente da Câmara dos Deputados afirmou que “temas polêmicos” como o casamento gay e aborto terão de seguir os ritos da casa para que possam ser analisados.
“Se quiser pautar um projeto, tem a ordem das pautas. Os projetos de lei têm que ter urgência para ser votada, assinada pela maioria dos líderes e 257 deputados a favor da urgência em plenário. Só aí você pode discutir a pauta e não existe nada na pauta nessa situação. Uma coisa é princípio. Princípio é óbvio que sou contra, tenho minha posição, mas aqui eu tenho que cumprir a pauta”, disse ao jornal.
Sobre a criminalização da homofobia, defendida pela presidente Dilma Rousseff e por movimentos de direitos humanos, Cunha afirmou que “a homofobia já é criminalizada. Não havia contestação (ao projeto), era preservar o direito de culto. Aquele projeto de lei impedia os cultos”.
Cunha ainda frisou que a sua presidência não irá aceitar a criação de novos partidos.
Prioridade mesmo é a reforma política, que Cunha espera ver votada até setembro. Ele voltou a falar em “independência e representatividade” do Legislativo logo no seu discurso de abertura da 55ª legislatura da Câmara, e acredita que outro tema importante é o pacto federativo. ”De nada adianta tratar de divisão de tributos, sem falar da parte que cabe a cada Estado e Município nesse bolo”, completou.
(Agência Câmara via brasilpost)
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