O julgamento de Cristo: a maior farsa jurídica da história humana afirma pesquisador
Era uma noite de 5a.feira e começava o maior escândalo judicial da história da humanidade: a condenação de Cristo.
Anás, sogro do Sumo Sacerdote Caifás, interrogou Jesus quando não tinha mais autoridade para isto.
Jesus é vítima da covardia de Pilatos, e dos poderosos de então por questionar o antropocentrismo e a transformação do templo, em banco central da Judéia, útil a concentrar fortunas, enquanto deveria ser um lugar sagrado.
Pilatos declarou por cinco vezes não existir crime algum, mas lavou as mãos e permitiu a condenação de Cristo a morte na cruz.
De acordo com a legislação da época somente os escravos poderiam ser penalizados assim.
As ilegalidades do julgamento foram muitas e claramente absurdas.
Imaginemos que Jesus é um humilde camponês brasileiro, habitante de um vilarejo nordestino à época dos coronéis, mandatários machistas e concentradores do poder.
Jesus pacificamente questiona os latifundiários. Luta por respeito e igualdade de direitos.
Atrai multidões e por este motivo é perseguido e traído por um de seus partidários que em troca de algum dinheiro entrega Jesus a capatazes e fazendeiros.
Em uma noite de 5a.feira ele é preso sem qualquer justificativa legal e antes de chegar ao tribunal competente é agredido, julgado e condenado à morte por um grupo de vereadores.
De lá é conduzido à metrópole com testemunhas pagas para mentir.
A comparação é feita por Roberto Victor Pereira Ribeiro, no livro “O Julgamento de Cristo à Luz do Direito” que detalha as ilegalidades da condenação de Cristo.
A produção da obra começa quando o advogado entra para a faculdade e se debruça incansavelmente sobre a pesquisa. Aprende grego e hebraico para ler a Bíblia nos originais.
Durante cinco anos de estudo, se depara com a escassez bibliografia sobre os aspectos jurídicos da condenação mais famosa da história da humanidade, mas não desanima.
O resultado foi a monografia, hoje bibliografia do curso de Direito da Universidade de Sorbonne, na França. Confira a seguir a entrevista de Roberto Victor ao portal de notícias direitoce.
direitoce: No Direito Brasileiro Jesus seria condenado?
Roberto Victor: No Direito brasileiro é necessário ter o fato típico. Recorrendo a maestria e a cristalinidade da sabedoria de Nelson Hungria e Claúdio Heleno Fragoso nós podemos observar que o curandeirismo no Brasil a forma a qual precisou ser tipificada no código é totalmente diferente daquela que Jesus aplicava.
O curandeirista é aquele que passa remédios, que passa receitas, é aquele que através de embustes engana pessoas. Você está com uma patologia crônica, uma patologia realmente aos olhos da Medicina e ele passa uma pílula do mato, uma erva. Jesus nunca fez isso!
direitoce: E no Direito Hebraico?
Roberto Victor: Então, Deus conversando com Moisés no Deuteronômio, Moisés perguntou: e quem és tu? Eu sou o que sou. E esse eu sou o que sou foi transformado em quatro letrinhas, era YHWY e só podia ser pronunciada uma vez ao ano.Traduzindo era Javé, Jeová. Jesus nunca pronunciou essa palavra, logo ele não poderia ter sido condenado.Por isso aí a gente já poderia derrubar a primeira acusação dele.Mesmo assim, ele foi condenado.
A segunda acusação é de que ele teria infringido o sábado.O que Jesus fez no dia de sábado? Ele curou a mão de um pedreiro. Curar não estava previsto na lei do Sabat, até porque não era comum ter curandeiro ou ter profetas. Por isso, não houve necessidade de colocar no texto da lei que era proibido curar no dia de sábado. O Direito Hebraico ele teve dezenove ilegalidades, durante o procedimento hebraico, no qual se tivessem sido respeitado no mínimo duas, que era não cuspir e não bater na cara do acusado e que estava isso preceituado na lei e que não foi respeitado com Jesus.
E a segunda, se ele tivesse o direito de ter sido interrogado numa sessão normal do Sinédrio, que era a Suprema Corte de Israel na época, durante o dia, se essas duas únicas formalidades fossem respeitadas, a gente poderia até esclarecer que Jesus foi condenado, mas foi condenado justamente. Mas, tirando tudo isso e apesar dele não ter feito nenhum ato proibitivo por lei, ainda teve dezenove ilegalidades no processo judicial hebraico.
direitoce : Jesus seria condenado no Direito Romano?
Roberto Victor: Depois da sessão do Sinédrio,na qual o sumo sacerdote Caifáz, ao final proclama que Jesus é culpado e por isso ele é réu de morte, ele foi levado, manietado até a casa de Pilatos. Porque? Nessa época, mais precisamente durante os anos vinte ou trinta na região da Galiléia, a qual o Prefeito Pôncio Pilatos tinha a jurisdição, só quem tinha o direito de morte é Roma. Para a pessoa ser morta tinha que Roma autorizar.
E por isso, uma vez condenado de réu de morte num procedimento hebraico Jesus foi manietado e levado até a casa de Pôncio Pilatos. Chegando lá, Pilatos afasta a turba judaica que tinha acompanhado. Pede para os soldados acalmarem aquele tumulto e traz Jesus para dentro de um ambiente mais tranquilo, dentro da sua casa para interrogá-lo. É lá que ta aquela célebre passagem: o que é a verdade? Então Jesus olha para ele e diz: tu dizes o que é a verdade, eu não digo nada.
E daí se fizeram várias e várias perguntas. Ao final, Pilatos sai, Jesus fica lá dentro do recinto. Pilatos, do palácio dele diz aos judeus, esse réu não é réu de morte, eu não vejo crime nenhum nesse inocente.Depois dessas palavras acontece aquela célebre cena que todo o mundo conhece, ele é réu de morte, ele deve morrer. E aí vem aquela cena famigerada, conhecida no mundo todo. Pilatos pede uma bacia d’água e lava as mãos.Pelo Direito Romano ele jamais poderia lavar as mãos, até porque lavar as mãos não era um costume habitualmente dos judeus.O Romano ele não tinha o costume de lavar as mãos, nem antes das refeições, nem depois das refeições, nem quando acordar, nem quando ao dormir.Ele tava querendo se filiar aquele povo.Ele sabia se aquele povo se revoltasse poderia colocá-lo pra fora a qualquer instante até porque já tinham sido feitas três denúncias contra a ele ao imperador César. Então ele pensou o seguinte eu vou lavar as mãos porque vai ser o primeiro sinal de que eu estou comungando com a versão deles.
A segunda coisa, vou acabar condenando ele por morte porque quando ele lava as mãos e retorna ao recinto, um judeu muito perspicaz, chamado Anás, que tinha sido sumo sacerdote chega no ouvido dele e diz Pilatos se tu não condenar esse homem nos vamos denunciá-lo a César dizendo que ele chegou aqui dizendo que ele era Rei dos Judeus .E rei dos Judeus não existe, o Rei dos Judeus é César, o nosso imperador.Então ele perspicazmente, de forma nefasta, cruel, disse isso a Pilatos e Pilatos numa covardia imensa, voltou a varanda e disse, então ele será crucificado. [FONTE: http://www.direitoce.com.br/noticias/54891/.html]
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