BRASIL - Uma professora de História, que pregava Evangelho e fazia oração com alunos antes do início das aulas, deverá agora se explicar para promotores.(postagem comentada)
O Ministério Público paulista anunciou ontem que dará prazo de 15 dias para a professora de História Roseli Tadeu Tavares Santana e a direção da Escola Estadual Antônio Caputo, no Riacho Grande, em São Bernardo, explicar o uso de 20 minutos iniciais da aula para orar e pregar o Evangelho.
Segundo o promotor Jairo Edward de Luca, da Vara da Infância e Juventude da cidade, as partes terão de esclarecer quais são os recursos pedagógicos aplicados por Roseli, o que inclui apresentação do material didático.
O promotor reafirmou que não pedirá punição administrativa nem abrirá inquérito policial enquanto a Secretaria da Educação do Estado não concluir sua própria apuração do caso.
A Diretoria de Ensino local manteve os 30 dias iniciais como prazo para resposta e não se pronunciará sobre o assunto.
A prática adotada por Roseli, que é evangélica, teria incentivado atos de bullying contra um estudante de 15 anos, adepto do candomblé.
Os pais do garoto, sacerdotes da religião afro-brasileira, e a Afecab (Associação Federativa da Cultura e Cultos Afro-Brasileiros), criticaram a demora do Estado em dar resposta definitiva à questão. Eles pedem o afastamento da professora, que segue dando aulas normalmente.
Na última semana, a Pasta decidiu afastar de imediato de suas funções uma diretora que obrigava os alunos a rezarem o Pai-Nosso em escola em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
"Aqui (no Grande ABC) eles ficam na defensiva o tempo inteiro, tentando justificar o ato dela como se fosse parte de proposta de ensino", disse Maria Emília Campi, líder da Afecab.
Hoje, em reunião no MP, ela exigirá ação imediata do órgão. E junta documentos para, nos próximos dias, entrar com representação contra Roseli e os coordenadores da escola.
Em reunião com os promotores, a professora alegou que usava apenas cinco minutos como "tempo de reflexão", sem nenhum tipo de conotação religiosa. Alunos do Antônio Caputo revelaram ao Diário que Roseli abandonou a prática desde o caso veio à tona. "As aulas estão cada vez mais tristes. Ela sentiu bastante toda essa história. Sinto falta de como era", disse um deles.
Segundo um funcionário, a ordem é esquecer a história enquanto a secretaria não se pronunciar oficialmente. "Até os professores não comentam, para não piorar a situação."
"Minha bronca não é nem com a escola, mas sim com a secretaria. Eles precisavam dar resposta imediata. Vou ter que procurar direto o governador e a presidente", ameaçou o pai do garoto, Sebastião da Silveira, 64 anos.
Menino teria sofrido ameaças de agressões físicas que não ficou provado
Segundo o pai, Sebastião da Silveira, o estudante de 15 anos passou agora a sofrer ameaças de agressões físicas por outros garotos da EE Antônio Caputo. Os próprios colegas do local desmentem e dizem estar defendendo a professora. "Não teve nada disso. Ninguém fala com ele", disse uma aluna de 15 anos, da mesma sala.
"Sinto falta das reflexões da professora e por causa disso, perdemos. Por besteira. Vamos protestar se ela sair", completou a aluna.
Ontem, o rapaz voltou a frequentar a escola após viajar com a família durante a semana do feriado de Páscoa. Sebastião mantém a posição de não permitir que o filho deixe de ir às aulas. "Quero apenas que o Estado tenha consciência do que está acontecendo dentro de sua escola", disse. (Rafael Ribeiro)
COMENTÁRIO BÍBLICO: ONDE ESTÁ A BANCADA EVANGÉLICA? A professora Roseli está sendo alvo de injusta intolerância por parte das autoridades judiciárias, pelo simples fato de apresentar aos alunos as regras de moral, boa conduta, comportamento, civismo, honestidade, amor, respeito, amizade. Parece que para as autoridades judiciárias esses valores são fato gerador de um crime intolerável: ensinar moral e civismo. As autoridades brasileiras deveriam estar aplaudindo a professora Roseli. No entanto, a sabedoria está sendo trocada pela loucura em todos os níveis da sociedade, e o justo já corre o risco de ser punido por ensinar valores morais, coleguismo e civismo. Essa geração mostra que trocou a sabedoria pela loucura. Bem dizem as escrituras que a sabedoria humana é loucura perante Deus. Enquanto coloca-se nas ruas bandidos de alta periculosidade, as autoridades dedicam seu tempo a perseguir uma professora pelo crime de tentar moldar cidadãos honestos, corretos, de boa índole e que respeitem seus semelhantes. Parece que tais valores estão sendo considerados crime pelas autoridades. Homicidas, ladrões, assassinos e malfeitores, tem escapado com facilidade das garras das autoridades. Mas uma simples e inofensiva professora corre o risco de ser punida pelo bem. Estamos no fim dos tempos. A Bancada Evangélica não entrará no assunto, em defesa de quem anuncia os princípios bíblicos? - Pr. Wagner Cipriano
SAIBA MAIS LENDO:
Professora é perseguida por fazer reflexões bíblicas com alunos antes das aulas
Reeducação é preponderante na recuperação dos valores morais
O exemplo que vem do Continente Africano.
Sumbe, Angola - Vários professores e religiosos residentes na cidade do Sumbe, província do Kwanza Sul, afirmaram hoje, terça-feira, que a reeducação nas escolas, igrejas e nas famílias é um papel preponderante na recuperação dos valores morais e cívicos, com vista a criação de uma sociedade ordeira.