Uma caravana de evangélicos brasileiros viajava pelo Egito quando foi atacada a tiros por beduínos. Foram levadas duas mulheres do grupo como reféns, que já foram libertadas.
Os fiéis excursionavam pelo Egito, rumo ao Monte Sinai, eram composta por membros da Igreja Avivamento da Fé, em Osasco, região metropolitana de São Paulo.
Segundo informações do Estadão, a mãe de uma delas, Marli Silvério, confirmou a libertação de sua filha Sara Lima Silvério, 18 anos, e de sua amiga, Zélia Magalhães, 45 anos. A libertação ocorreu no final da noite de Sábado, 17/03, após intensa negociação entre o Ministério do Interior do Egito e o grupo de beduínos.
As exigências dos sequestradores eram que o governo libertasse o filho de um líder beduíno, que havia sido preso recentemente por posse de armas e drogas. Os beduínos são um grupo egípcio que se juntou à revolta popular que culminou na queda do ex-presidente do país, Hosni Mubarak. Porém, o grupo tem demonstrado insatisfação com o atual governo provisório, liderado pelos militares.
A caravana dos evangélicos era formada por 42 pessoas, e liderada pelo pastor Dejair Batista Silvério. O pastor, pai de Sara, afirmou em entrevista por telefone ao telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, que os sequestradores não maltrataram as reféns. No relato do incidente, ele afirmou que o ônibus foi “metralhado” durante a abordagem: “Foram vários disparos, de metralhadora e de fuzil. Eles atiraram na porta do ônibus. Achei que estavam até atirando na gente já. Foi então que eles entraram no ônibus e levaram as duas para fora”, relatou o pastor.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o brasileiro prestou assistência ao grupo e manteve contato com o Ministério do Interior do Egito, para ajudar a solucionar o caso. Os sequestradores levaram também o motorista do ônibus e o guia turístico que acompanhava a caravana, de acordo com informações do Itamaraty.
O pastor Dejair afirmou que um general egípcio o procurou e deu garantias de que o incidente terminaria bem: “Assim que aconteceu o sequestro, ele tomou conta do caso, reuniu vários líderes beduínos e falou para mim: ‘Eu empenho a minha palavra, a minha honra, que às 22 horas (locais, 17h em Brasília) estarei com as duas aqui”, relatou.
Os fiéis planejavam cruzar a fronteira com Israel após a visita aos lugares sagrados do Egito e retornar ao Brasil apenas no dia 27/03. Não foram divulgadas informações se os turistas retornarão ao Brasil imediatamente ou se manterão o planejamento inicial.
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